sexta-feira, 20 de março de 2009

Retorno as Aulas

Ao decorrer dessa semana os alunos estavam bem agitados com a volta as aulas, choravam alguns choravam muito devido estarem acostumados a presença dos pais por mais tempo. Para destraí-los utilizei livros, massinha e também diálogos. Explicava ao aluno a necessidade de vir para a escola e que daqui a pouco sua mãe viria buscá-lo e por isso não precisava chorar. Sei que é impossível não haver choro nesse período, mas esta etapa de readaptação ao retorno das aulas envolve muito jogo de “cintura” com os pais e filhos e nesses momentos para mim o melhor é observar a professora para saber a melhor forma de agir. Ainda segundo Piaget (PULASKI, 1986), a adaptação é a essência do funcionamento intelectual, assim como a essência do funcionamento biológico. É uma das tendências básicas inerentes a todas as espécies. A outra tendência é a organização. Que constitui a habilidade de integrar as estruturas físicas e psicológicas em sistemas coerentes. Ainda segundo o autor, a adaptação acontece através da organização, e assim, o organismo discrimina entre a miríade de estímulos e sensações com os quais é bombardeado e as organiza em alguma forma de estrutura. Esse processo de adaptação é então realizado sob duas operações, a assimilação e a acomodação.
Um determinado aluno chorou muito, pois tem uma mãe muito presente e durante o período de férias passou um longo tempo com esta. Foi muito difícil conseguir, que tal deixasse a mãe. Tive que ter criatividade. Primeiro o levei para ver a tartaruga, mas não deu muito resultado, apesar de já estar chorando menos ainda no colo da mãe. Foi então que o chamei para dar comida ao passarinho. Peguei o capim para dar ao pássaro. Ele viu e eu disse: “vem pegar para você dar comida ao passarinho também”. Ficou um pouco choroso, mas desceu do colo da mãe, que logo foi embora aproveitando da distração do filho. Quando a mãe saiu, ela perguntou logo, mas brincou um pouco no escorrega e ficou tudo bem. Retornamos para sala e ela fez normalmente as atividades.
As atividades trabalhadas durante essa semana envolveram o tema CARNAVAL. Os alunos desenharam de que se fantasiaram e a professora pegou o registro das atividades. Não tive muito contato neste momento com turma, devido estar colando os bilhetes no caderno de aviso. Mas pude perceber que gostaram de se desenharem fantasiados. Outra atividade foi a de Reconhecer as letras da palavra CARNAVAL e reescrever. Esta atividade é essencialmente importante para o desenvolvimento da leitura e da escrita dos alunos, pois nesta faixa etária (entre 02 e 07 anos) a criança precisa do visual do concreto para a construção do conhecimento.
Ainda nesta semana fizeram uma atividade, em que tinham de reconhecer as letras, que constituem o nome próprio deles. Esta atividade tem como função principal fazer com que os alunos memorizem as letras que possui o nome. Para a professora também é importante, para saber o conhecimentos prévios dos alunos.
Por fim, na quarta-feira, logo depois de ter aplicado atividade João Humberto comemorou junto aos amigos o seu aniversário de quatro anos. Foi muito bom todos os alunos gostaram muito.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Vida, aprendizagem contínua...

Tenho 16 anos e estou cursando o 3° ano do curso Normal Médio. Escolhi este curso, porque desde quando pequena sempre tive o desejo de me formar como professora, devido ver a prática docente de meus educadores. Tais me passavam tanta segurança, que isso me dava o desejo de ser igual a eles. Porém, ao longo de minha vida mudei de opinião diversas vezes, até que chegou ao momento de escolher e de decidir, qual seria a melhor escolha. Afinal, esta escolha seria determinante em minha vida. Como realmente foi. Entreguei minha vida nas mãos de Deus. Ele saberia o que seria melhor para mim. E é real e claro para mim que tenho um compromisso com Deus de ser o melhor que eu posso, para fazer desse mundo um mundo melhor e como educadora sei que vou ser muito importante. Mas, isso só dependerá de mim.
Tenho aptidão para dialogar, conversar, brincar, enfim lidar com crianças. Amo ter sempre por perto crianças. Elas sempre me alegram e me fazem esquecer de meus problemas. Além, de serem muito sinceras. Quando converso com uma, percebo o quanto são frágeis e inocentes e me conscientizo de que devemos ter muitíssimo cuidado com ou que fazemos ou falamos perto delas, pois prestam atenção em tudo e quando menos se espera estão repetindo o que falamos. Porém, necessitam de afeto e atenção o que muitas vezes falta em casa.
Moro em um bairro, em que os habitantes são de uma renda baixa e percebo o quanto os pais pecam por não terem o devido esclarecimento. As crianças ficam na rua a maior parte do tempo e sem acesso a educação com qualidade, disposta a formar cidadãos críticos e ativos na sociedade. Por isso, quero e gosto da ideia de fazer um trabalho voluntário, para contribuir para a evolução do meu país. As crianças de hoje são os adultos do amanhã e só depende de nós educadores contribuirmos, para um futuro diferente do que ainda estamos construindo. Afinal, não podemos mudar o começo, mas se quisermos com certeza poderemos mudar o final.
Ao iniciar o curso não estava muito satisfeita com a escola. Tinha um pensamento preconceituoso do CENSA. Para mim, neste só estudava filhinho de papai. Então, meu principal objetivo estudando no CENSA era apenas estudar sem importar as pessoas e em amizades. Porém ao longo do curso construí novas amizades, que quero levar ao longo de toda a minha vida. É claro, que em todo esse tempo passei por conflitos entre eu e eu mesma e também entre eu e outras pessoas da turma o que é normal acontecer, pois convivo com seres humanos e sempre temos modos de pensar diferentes o que causa discussões.
Quando começo a pensar que já estou próxima de finalizar mais uma etapa da minha vida e que mais uma vez chegará o momento de escolher... Nossa fico até preocupada, porque a verdade é que há muitas questões em “jogo”. Não só a minha realização profissional como também a realização material, ou seja, financeira... Para mim, é claro que quero atuar na área da Educação, mas de que forma? Não tenho medo dos desafios, vou enfrentar o que for preciso para alcançar meus sonhos, metas. É claro, que sempre com muita ética e respeitando as pessoas ao meu redor. Sei que para obter o sucesso não há necessidade de apagar o brilho de ninguém.
Cada momento de estágio vivido foram momentos de muita aprendizagem, apesar dos tantos erros que cometi , aprendi muito. Afinal, não há acertos se antes não tiverem ocorrido erros. Estes são essenciais para meu crescimento profissional. No estágio já errei muitas vezes, mas não tenho o que reclamar das professoras sempre muito compreensivas e calmas me mostravam o modo certo de agir com os alunos e também com outras situações complexas. Muitas vezes passou pela minha mente a ideia de desistir, mas foram momentos de fraqueza que pensava não dar conta de tantos trabalhos e responsabilidades. Hoje, sou uma pessoa nova muito mais capaz e cada vez mais capaz! Lutando pelo meu sucesso.
O ano de 2008 foi um ano de tolerância e paciência, fui obrigada a controlar minhas emoções (minha língua). Mas em compensação foi um ano surpreendente... Nossa dar estágio com tia Isabelle foi primordial para minha carreira profissional como educadora. Com ela aprendi muito e sei que tudo que aprendi irei levar comigo para sempre...
É impressionante, quando paro para fazer uma retrospectiva da minha vida e vejo o quanto cresci. Não só profissionalmente não, mas também emocionalmente. Era apenas uma menina inocente que não sabia nada da vida e tinha medo... Medo de não ser aceita... De não ser feliz... De não conseguir controlar minhas emoções... De não ser o que todos esperavam que fosse... De nunca encontrar um amor perfeito... Hoje, ainda sou uma menina, mas garanto: muito menos inocente, muito mais atenta a tudo na vida. Ainda não sei tudo, tenho muito a aprender. Há algum tempo atrás eu ainda tinha medo, porém agora sou simplesmente Maiara. Não importa o que pensam ou falam sobre mim, afinal não posso agradar a todos, apesar de fazer o possível. As
pessoas precisam entender que devem me respeitar como sou... E se falam o que querem com certeza iram escutar o que não gostariam de ouvir, mas aí não me chamem de grossa ou ignorante. Infelizmente no mundo em que vivemos não podemos ser simplesmente mais um e sim o que irá fazer a diferença. Críticas sempre serão aceitas mudanças sempre irão ocorrer, mas minha essência sempre irá permanecer.